Se é verdade que o Presidente da República jurou cumprir e fazer cumprir a constituição de que estará ele à espera? Como quererá ele tratar os ímpios que a tentam desfalcar? Ahhh, quase me esquecia, não está em território nacional e como tal não fala. Típico não?
Nós por cá, incorremos, assim como quem não quer, numa de um ultra liberalismo que assusta até o doutor Jardim. sem teres chegado a ir, volta Sócrates pois estás mais que perdoado.À tua direita esconde-se uma enorme bomba social que parece querer rebentar...
Onde se alcançarão os feitos dos heróis... de onde se reunirão os nobres ditos!...além da nação!... muito para lá da canção!... Imortalidade!... Hoje de novo!... aos ditosos canhões! aos prestimosos emblemas... sob a égide do cancioneiro.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
"Um horizonte plúmbeo"
...
Assim, hoje, não é só todo o modelo Keynesiano que está em crise e cujo fim se anuncia, são também os principais paradigmas ideológicos da esquerda do século XX.
Neste panorama, a política perdeu os seus referentes ideológicos e fulanizou-se. Os centros de poder e de decisão nacionais estão a transferir-se para instâncias supra nacionais (quando não para empresas globais) sobre as quais não há qualquer controlo democrático...
António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, in Jornal de Notícias
Assim, hoje, não é só todo o modelo Keynesiano que está em crise e cujo fim se anuncia, são também os principais paradigmas ideológicos da esquerda do século XX.
Neste panorama, a política perdeu os seus referentes ideológicos e fulanizou-se. Os centros de poder e de decisão nacionais estão a transferir-se para instâncias supra nacionais (quando não para empresas globais) sobre as quais não há qualquer controlo democrático...
António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, in Jornal de Notícias
sábado, 17 de julho de 2010
Depois das SCUTs: Governo pondera taxar “passeio dos tristes”
Quarta-feira, 14 de Julho de 2010
Depois de tentar, sem sucesso, taxar as SCUTs, o Governo pondera agora taxar o “passeio dos tristes”, implantando um chispe nos próprios tristes, que assim que pensam em tirar o carro da garagem para passear ao fim-de-semana, a Brisa vai-lhes logo à conta.
A ideia é simples. O secretário de Estado explica: «Primeiro convidamos os tristes para um belo chispe. Como gostam todos de comer, vêm logo e nem fazem perguntas. A partir daí, sempre que pensam em passear de carro, pimba. Por exemplo, um triste acorda de manhã, reúne a família e diz “e se fôssemos até Cascais, depois fazemos o Guincho, Malveira, vamos até Sintra, passamos por Mafra, Outlet do Carregado e voltamos”. Neste caso, o triste já estava a pagar vinte e cinco euros. Se o primo deste triste, zangado aliás por ser sempre o outro triste a escolher, optar por levar a família até Palmela, cabo Espichel, Sesimbra e Tróia, paga 35, sem contar com o barco. Já se sabe que isto dará depois discussão, com o primeiro triste a dizer ao segundo que tinha razão quando disse que deviam ir até Cascais. É só mais um bónus que este sistema nos dá: ver os tristes a discutir antes, durante e depois do passeio.»
Com esta medida, justificada pela austeridade, o Governo pode vir a encaixar o PIB da Alemanha, derivado à quantidade de tristes.
Depois de tentar, sem sucesso, taxar as SCUTs, o Governo pondera agora taxar o “passeio dos tristes”, implantando um chispe nos próprios tristes, que assim que pensam em tirar o carro da garagem para passear ao fim-de-semana, a Brisa vai-lhes logo à conta.
A ideia é simples. O secretário de Estado explica: «Primeiro convidamos os tristes para um belo chispe. Como gostam todos de comer, vêm logo e nem fazem perguntas. A partir daí, sempre que pensam em passear de carro, pimba. Por exemplo, um triste acorda de manhã, reúne a família e diz “e se fôssemos até Cascais, depois fazemos o Guincho, Malveira, vamos até Sintra, passamos por Mafra, Outlet do Carregado e voltamos”. Neste caso, o triste já estava a pagar vinte e cinco euros. Se o primo deste triste, zangado aliás por ser sempre o outro triste a escolher, optar por levar a família até Palmela, cabo Espichel, Sesimbra e Tróia, paga 35, sem contar com o barco. Já se sabe que isto dará depois discussão, com o primeiro triste a dizer ao segundo que tinha razão quando disse que deviam ir até Cascais. É só mais um bónus que este sistema nos dá: ver os tristes a discutir antes, durante e depois do passeio.»
Com esta medida, justificada pela austeridade, o Governo pode vir a encaixar o PIB da Alemanha, derivado à quantidade de tristes.
Retirado de: http://imprensafalsa.com/145196.html
sexta-feira, 16 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
passos perdidos
o senhor ps e o senhor psd. desde já pedindo desculpa aos gatos por tão desastrada comparação...
Santa paciência...
E que tal um governo de iniciativa Presidencial? sim! Não!
Um governo de mão forte, militarizado...
E que tal? Não, pois não! Melhor tudo conforme está! Está tudo tão bem cá no cantinho.
Um governo de mão forte, militarizado...
E que tal? Não, pois não! Melhor tudo conforme está! Está tudo tão bem cá no cantinho.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
A Escola
"A escola não tem culpa, é a nossa sociedade que é culpada. A escola, a universidade, deveriam ser o lugar onde a imaginação tem campo livre, onde se aprende a pensar, a reflectir, sem qualquer meta. Mas isso é algo que estamos a eliminar em todo o mundo. Estamos a transformar os centros de ensino em centros de treino. Estamos a criar escravos. Somos a primeira sociedade que entrega os seus filhos à escravidão, sem qualquer sentimento de culpa.»
Alberto Manguel, entrevista, retirado de: http://nemsemprealapis.blogspot.com/
Alberto Manguel, entrevista, retirado de: http://nemsemprealapis.blogspot.com/
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Corja maldita, Pedro Almeida Vieira
Excerto do romance "Corja maldita" de Pedro Almeida Vieira (Sextante). o autor de "Nove Mil Passos", "O Profeta do Castigo Divino" e "A Mão Esquerda de Deus". que logo às 18h30 irei apresentar na Livraria Almedina Estádio de Coimbra (o livro versa a expulsão dos jesuítas no tempo do Marquês de Pombal mas o facto de ter um narrador diabólico permite-lhe incursões como esta pela nossa actualidade):
"E acreditando nas palavras de um sucessor do conde de Oeiras - homem com nominata de filósofo, versado em recitar aforismos e que trata, nos nossos dias, os portugueses como analectos - essa carruagem alegórica chamada Portugal tem ainda de compor, para este desiderato e neste pequeno pedaço de mundo, auto-estradas em todos os distritos - três serão precisas de Lisboa ao Porto -, mais duas linhas férreas de alta velocidade para Espanha, uma tríade de pranchas de betão e aço entre a capital e a margem sul, mais um novo aeroporto majestático em cima de chaparrais, mais um terminal de contentores para emparedar as vistas do Tejo, mais umas plataformas logísticas em terras agrícolas, muitos empreendimentos turísticos em cima de arribas para um certo dia soterrarem uns incautos banhistas, uma fartadela de centros comerciais, estádios de bola muitos, e outros folclores e demais obras fantasias, sinuosas e escorregadias, tudo destinado a prover de folguedos e acepipes o povoléu, que tudo há-de pagar, para alegria de empresários e partidários de comissões e alcavalas, mesmo sabendo-se que, à conta das muitas manigâncias, os tribunais vão ficando entupidos em rebuçados processos, mas convenientemente arquivados ou prescritos em tribunais superiores, quando não inferiores, gastando-se, as mais das vezes, sem glória, horas de escutas telefónicas que se destinam, mais tarde, a surgirem no Youtube."
Retirado de: http://dererummundi.blogspot.com/search/label/literatura
"E acreditando nas palavras de um sucessor do conde de Oeiras - homem com nominata de filósofo, versado em recitar aforismos e que trata, nos nossos dias, os portugueses como analectos - essa carruagem alegórica chamada Portugal tem ainda de compor, para este desiderato e neste pequeno pedaço de mundo, auto-estradas em todos os distritos - três serão precisas de Lisboa ao Porto -, mais duas linhas férreas de alta velocidade para Espanha, uma tríade de pranchas de betão e aço entre a capital e a margem sul, mais um novo aeroporto majestático em cima de chaparrais, mais um terminal de contentores para emparedar as vistas do Tejo, mais umas plataformas logísticas em terras agrícolas, muitos empreendimentos turísticos em cima de arribas para um certo dia soterrarem uns incautos banhistas, uma fartadela de centros comerciais, estádios de bola muitos, e outros folclores e demais obras fantasias, sinuosas e escorregadias, tudo destinado a prover de folguedos e acepipes o povoléu, que tudo há-de pagar, para alegria de empresários e partidários de comissões e alcavalas, mesmo sabendo-se que, à conta das muitas manigâncias, os tribunais vão ficando entupidos em rebuçados processos, mas convenientemente arquivados ou prescritos em tribunais superiores, quando não inferiores, gastando-se, as mais das vezes, sem glória, horas de escutas telefónicas que se destinam, mais tarde, a surgirem no Youtube."
Retirado de: http://dererummundi.blogspot.com/search/label/literatura
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