Onde se alcançarão os feitos dos heróis... de onde se reunirão os nobres ditos!...além da nação!... muito para lá da canção!... Imortalidade!... Hoje de novo!... aos ditosos canhões! aos prestimosos emblemas... sob a égide do cancioneiro.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Os erros e a política
A política tem esta coisa profundamente anti-científica de nunca se admitir um erro, mas sim de o tentar esconder o mais possível. Um exemplo português recente é-nos oferecido pelas declarações produzidas ontem pelo primeiro-ministro José Sócrates na Conferência do Diário Económico sobre o Orçamento de Estado:
"Decidimos aumentar o nosso défice não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias", "O défice orçamental português aumentou por uma boa razão, para responder à crise" (...) "O facto de o Estado português ter decidido aumentar o seu défice foi para resolver os problemas e numa dimensão em linha com as outras economias. Não se elevou demasiado, mas sim em linha com a média dos países evoluídos e numa proporção aceitável".
Em contraste, o ministro das Finanças Teixeira dos Santos disse quase na mesma altura na Assembleia da República, na discussão do mesmo Orçamento do Estado:
“As previsões falharam redondamente em todo o lado e não foi porque houvesse intenção de enganar” (...) "Eu engano-me mas não engano” (...) "Não tenho pejo em reconhecer a minha quota parte de responsabilidade no perfil de estagnação e de crescente endividamento."
Um deles está simplesmente a ser mais político do que o outro.
Fonte: Citações do "Público" on-line. Foto de Daniel Rocha do "Público".
Carlos Fiolhais
In http://dererummundi.blogspot.com/2010/02/os-engaos-em-politica.html
"Decidimos aumentar o nosso défice não por descontrolo, mas para ajudar a economia, as empresas e as famílias", "O défice orçamental português aumentou por uma boa razão, para responder à crise" (...) "O facto de o Estado português ter decidido aumentar o seu défice foi para resolver os problemas e numa dimensão em linha com as outras economias. Não se elevou demasiado, mas sim em linha com a média dos países evoluídos e numa proporção aceitável".
Em contraste, o ministro das Finanças Teixeira dos Santos disse quase na mesma altura na Assembleia da República, na discussão do mesmo Orçamento do Estado:
“As previsões falharam redondamente em todo o lado e não foi porque houvesse intenção de enganar” (...) "Eu engano-me mas não engano” (...) "Não tenho pejo em reconhecer a minha quota parte de responsabilidade no perfil de estagnação e de crescente endividamento."
Um deles está simplesmente a ser mais político do que o outro.
Fonte: Citações do "Público" on-line. Foto de Daniel Rocha do "Público".
Carlos Fiolhais
In http://dererummundi.blogspot.com/2010/02/os-engaos-em-politica.html
Subscrever:
Mensagens (Atom)